Platão aprofunda-lhe a teoria e
procura determinar a relação entre o conceito e a realidade fazendo deste
problema o ponto de partida da sua filosofia. Para ele o conhecimento certo
deve ser adequado à realidade do homem. Para Platão são realidades objetivas,
que tem sentido para o homem. Assim a ideia de homem é o homem perfeito e
universal de que os indivíduos humanos são apenas imitações. O homem para Platão era dividido em corpo e alma. O
corpo era a matéria e a alma era o que não tem a natureza da matéria e o divino
que o homem possuía. Enquanto o corpo está em constante mudança de aparência, a
alma não muda nunca. Desde quando nascemos, temos a alma perfeita, porém não
sabemos. As verdades essenciais estão inscritas na alma eternamente, porém, ao
nascermos, nós as esquecemos, pois a alma é aprisionada no corpo. Com base nas ideias de Sócrates, de quem
Platão aproveita a noção de logos, ele cria a teoria platônica e a
distinção dos mundos sensíveis e inteligíveis ou mundo das ideias, destaca-se
como o cerne do pensamento platônico e se encontra explicitada no famoso “Mito”
da Caverna. Platão afirma haver dois mundos diferentes e separados: o mundo
sensível, dos fenômenos e acessível aos sentidos; e o mundo das ideias gerais
inteligível, das essências imutáveis, que o homem atinge pela contemplação e
pela depuração dos enganos dos sentidos. Ele acreditava que a alma
depois da morte reencarnava em outro corpo, mas a alma que se ocupava com a
filosofia e com o Bem, esta era privilegiada com a morte do corpo. A ela era
concedida o privilégio de passar o resto dos seus tempos em companhia dos deuses.
Por meio da relação de sua alma com a Alma do Mundo, o homem tem acesso ao
mundo das Ideias e aspira ao conhecimento e às ideias do Bem e da Justiça. O
sistema metafísico de Platão centraliza-se e culmina no mundo
divino das ideias; e se contrapõe a matéria obscura. O mundo material,
o cosmos platônico, resulta da síntese de dois princípios opostos, as ideias e
a matéria. O Demiurgo plasma o caos da matéria no modelo das ideias eternas,
introduzindo no caos a alma, princípio de movimento e de ordem. O mundo, pois,
está entre o ser (ideia) e o não ser (matéria),
e é o devir ordenado, como o adequado conhecimento sensível está entre o saber
e o não saber, e é a opinião verdadeira. O dualismo dos elementos constitutivos
do mundo material resulta do ser e do não ser, da ordem e da desordem, do bem e
do mal, que aparecem no mundo. Da ideia - ser, verdade, depende tudo quanto há
de positivo, de racional no vir-a-ser da experiência. Da matéria -
indeterminada, informe, mutável, irracional, passiva, espacial - depende, ao
contrário, tudo que há de negativo na experiência. A teoria apresentada por Platão, embora tenha deixado algumas perguntas
em aberto e algumas respostas ainda hoje não totalmente compreendidas é, sem
dúvida, um grande marco para a Filosofia.
Leia mais:
http://www.mundodosfilosofos.com.br/platao.ht
http://www.mundodosfilosofos.com.br/platao.htm#ixzz1ut0W36lE
Na teoria das idéias Platão explica:
ResponderExcluirPor exemplo, o que faz com que determinada árvore seja ela mesma desde o estágio de semente até morrer, e o que faz com que ela seja tão árvore quanto outra de outra espécie, com características tão diferentes? Há aqui uma mudança, tanto da árvore em relação a si mesma (com o passar do tempo ela cresce) quanto da árvore em relação a outra. Para Heráclito, a árvore está sempre mudando e nunca é a mesma, e para Parmênides, ela nunca muda, é sempre a mesma e sua mudança é uma ilusão .